O Slam do Corpo, primeiro projeto de batalhas de poesia no Brasil com a participação de poetas surdos e ouvintes, completou dez anos em 2024. A iniciativa surgiu a partir do “Corposinalizante”, um grupo de trabalho do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, e da vontade de poetas surdos de externalizar sentimentos e urgências de sua cultura, invisibilizada durante grande parte da história brasileira.
Diferente das batalhas de poesia tradicionais, no Slam do Corpo duas pessoas são responsáveis pela produção da poesia, feita ao mesmo tempo em português e na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Dessa forma ocorre o chamado “beijo de língua”, termo usado para descrever o encontro entre as culturas de surdos e ouvintes.